terça-feira, 19 de maio de 2009

Mouse ao Alto _ Edição Veja 17/05



Aí estão algumas informações complementares à matéria da Veja desta semana. Espero que gostem!


Este ano, até agora, a Delegacia Especializada de Investigação ao Crime Informático de Minas Gerais registrou 217 casos de crimes cibernéticos. Entre janeiro e abril, a média mensal foi de 47 casos. Pelas estatísticas da polícia, os crimes contra o patrimônio (estelionatos e crimes bancários, por exemplo), com cerca de 40%, são os campeões. Na sequência vêm os crimes contra a honra, com cerca de 20%. De acordo com o delegado Bruno Tasca, os crimes do gênero mais constantes em Belo Horizonte são os estelionatos via internet, relacionados a sites de compra. Outros destaques nessa área são os furtos de senhas e de números de cartões bancários. Já os crimes contra a honra, segundo o delegado, estão em crescimento em função da popularização das chamadas redes sociais, como o Orkut. “Pessoas montam falsos perfis nos sites de relacionamentos, difamando outras”, explica o delegado. Segundo ele, em Minas Gerais, 95% das vítimas desse tipo de crime são mulheres jovens. “As principais causas são os fins de relacionamentos amorosos”, ele revela.


Em função do aumento do número de ocorrências de crimes no ambiente virtual, em junho do ano passado foi criada em Belo Horizonte uma promotoria estadual de combate a crimes cibernéticos. Além dos casos encaminhados pela Delegacia Especializada de Investigação ao Crime Informático e Fraudes Eletrônicas, ela recebe denúncias de várias outras fontes. Entre junho e dezembro do ano passado, o órgão registrou 380 denúncias. Neste caso, entre os crimes já tipificados, os campeões, com cerca de 20% cada, foram os crimes contra a honra e o estelionato. Um dos casos de maior repercussão investigado por essa promotoria foi a identificação e a desarticulação de várias gangues de pichadores que atuam na capital mineira que faziam a apologia na internet da pichação de prédios, sobretudo de escolas. As gangues foram identificadas graças ao monitoramento que a promotoria fez no site de relacionamento Orkut. Em muitas páginas foram encontradas fotos de pichadores em ação. Dez adolescentes de classe média alta foram identificados e encaminhados ao Juizado da Infância e da Juventude.


A audácia dos bandidos virtuais não tem limites. No final do ano passado, a Delegacia Especializada de Investigação ao Crime Informático e Fraudes Eletrônicas de Minas Gerais conseguiu recuperar uma obra sacra do século XIX do acervo barroco mineiro que tinha sido roubada e estava sendo vendida na internet. A escultura foi encontrada em um condomínio fechado de classe média alta em Niterói. Os autores foram identificados e estão respondendo a processo na Justiça. A imagem foi identificada pelos agentes da Polícia Especializada em um anúncio na internet e confirmada por um restaurador do IEPHA.